O Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizou, entre 1 de janeiro e 15 de novembro deste ano, 23 mulheres mortas, 13 das quais no contexto de relações de intimidade, segundo os dados preliminares divulgados no dia 22 de novembro.
De acordo com os dados recolhidos pela OMA e pela UMAR - União das Mulheres Alternativa e Resposta, com base em notícias publicadas nos órgãos de comunicação social, aconteceram, em Portugal, "13 femicídios nas relações de intimidade" e 10 assassinatos, sete deles "em contexto familiar", dois "em contexto de crime" e um "em contexto omisso".
No mesmo período do ano passado, as duas entidades contabilizaram 30 mulheres mortas, 16 das quais em contexto de relações de intimidade.
Até 15 de novembro deste ano há ainda o registo de 50 tentativas de assassinato, 40 das quais em contexto de violência doméstica.
O relatório revela que, em oito dos 13 femicídios, "foi identificada violência prévia" contra a vítima e em seis destes casos "já havia sido feita denúncia anterior de violência doméstica às autoridades".
As oito mortes perpetradas em contexto de violência doméstica aconteceram "em relações de intimidade atuais (62%) e cinco em relações passadas (31%).