ReencarnacaoO Centro Cultural de Alfena acolheu, no dia 16 de fevereiro, uma palestra sobre Reencarnação. A sala encheu para ouvir a alfenense, Manuela Tavares falar sobre um tema que provoc

a alguma polémica mas muita curiosidade. Resgate kármico, karma e dharma foram as expressões que mais de ouviram, ao longo da noite. Mas afinal o que querem dizer?

 De acordo com a terapeuta holística, Manuela Tavares, "acreditar na REENCARNAÇÃO e aceitar a vida como um ciclo foi para mim a maior epifania e a abertura para um mundo de conhecimento e de aceitação da minha própria existência. A partir daí, “tudo começou a fazer sentido”.

 

Apesar de todas as dúvidas e de toda a falta de informação a respeito da reencarnação existem tantas definições do termo quanto existem autores que escreveram sobre o assunto.

Na Bíblia está escrito em ECLESIASTES 1:4 “uma geração vai e outra geração vem, mas a Terra fica sempre”. O Zohar explica: A geração que morre é a mesma que vem substituí-la.

Manuela Tavares citou também os Dez Mandamentos, do livro do Êxodo, que refere que “os pecados dos pais são lembrados até à terceira e quarta geração”.

O que no fundo o Zohar quer dizer, sublinha, é que a última geração é no fundo a primeira. Porque tudo é um ciclo, “é o ciclo das almas”.

Alguns poderão argumentar que o cérebro produz a consciência, e que de facto muito daquilo em que acreditamos ser interno, foi de facto produzido pelo cérebro físico. Porém, esta não é de todo a única explicação possível.

Nesta jornada ao mundo infinitamente pequeno, o passo mais importante, do ponto de vista filosófico, foi o primeiro.

Quando o físico se viu a lidar com uma experiência não sensorial da realidade teve que encarar o aspeto paradoxal da experiência. Quando EINSTEIN desenvolveu a sua teoria da relatividade, destruiu muitos fundamentos da física ao anunciar que o tempo não era invariável. Com isso, ele abriu a porta para que pudesse ser considerada a validade da reencarnação.

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De acordo com a terapeuta, todos os nossos relacionamentos, sejam eles pessoais, profissionais, sociais, familiares são karmicos. “A escolha do país, dos pais, da família, do processo, da evolução é sempre nossa. É a nossa responsabilidade”.

A Terra é um mundo- escola. Só reencarnamos porque temos karma/correcção para fazer

A evolução ou involução está sempre nas mãos de cada um e a isso chamamos livre-arbitrio.

Deixar de sofrer por se acreditar na Reencarnação, no karma, no dharma é uma utopia.
Nós somos seres duais. Nós vivemos num mundo dual e a dualidade obriga-nos a sentir dor e prazer.

Contudo, “dor é um momento”. É o que sentimos perante algo que nos contraria, nem que seja a morte de um ente querido. Mas sofrer é permitir que essa dor seja parte de nós. E se nós soubermos qual o processo da vida, qual o ciclo das almas, as nossas diversas idas e vindas, deixamos de sofrer, porque passamos duma postura reativa, para uma postura proactiva.

Viver é isto. Mas viver é também entender e saber transmutar os momentos de dor para que sejam cada dia mais leves, mais suaves e menos torturantes.