A Junta de Freguesia assinou um contrato com os proprietários de 3,7 hectares de terrenos junto ao rio Leça para criação de espaços de lazer comunitário, de cariz público e não comercial, ou seja, a edificação do denominado Parque do Vale do Leça, centro cívico de Alfena, constituído por espaços verdes e equipamentos de lazer, de utilização coletiva pública e também a valorização ambiental e paisagística da área em causa.

 

Parque Vale LecaO contrato engloba um prédio rústico denominado por Campo de Levada; um prédio rústico denominado Agra da Igreja; um prédio rústico denominado por Agra da Várzea; um prédio rústico denominado por Leira da Azenha; um prédio rústico denominado por Leira do Moinho; um prédio rústico denominado por Campo da Várzea; um prédio rústico denominado por Lameira do Moinho; um prédio rústico denominado por Campo do Engenho; um prédio rústico denominado de campo da Rainha e um prédio urbano que é uma casa de moinhos industrial de 5 mós. A Casa de Moinhos encontra-se em ruínas estando limitado às quatro paredes exteriores, que estão em bom estado, uma placa de piso em betão armado também em bom estado e as infraestruturas para a condução das águas igualmente funcionais.

A Junta de Freguesia pretende apresentar um projeto aos “Fundos Comunitários” para levar a efeito a requalificação dos espaços centrais e adjacentes ao Rio Leça, no sentido de impedir a degradação que os ecossistemas ribeirinhos têm sofrido e afetam, direta e indiretamente, a vegetação natural, reduzindo a sua biodiversidade.

Os senhorios, António José das Neves Pereira e os filhos, que comungam da intenção e dos interesses globais da freguesia, porque acreditam que o desenvolvimento da qualidade de vida dos habitantes da cidade de Alfena, a preservação e a reabilitação dos recursos hídricos e a revitalização das áreas ambientalmente relevantes são uma das prioridades do atual executivo da Junta de Freguesia de Alfena.

Os proprietários entenderam também que o Rio Leça e os seus sistemas fluviais desempenham um papel ecológico fundamental, quer no que se refere à qualidade do meio físico, quer no que se refere ao ciclo de vida das várias espécies da fauna e flora dos diferentes sistemas biológicos, promovendo assim a melhoria da qualidade de vida.

Consideram também que a requalificação das margens e de toda a envolvente ao Rio Leça é de primordial importância para o desenvolvimento sustentado da cidade de Alfena e também para a melhoria da qualidade ambiental e da vida dos cidadãos.

A posse vai ser feito de forma faseada. Começou com a Agra da Igreja no dia 1 de fevereiro deste ano. Dos restantes será feito na data da entrega efetiva de cada artigo que ocorrerá, no máximo, até 1 de Janeiro de 2017.

Com a “posse” destes 3,7 hectares de terreno do Vale do Leça, o presidente da autarquia, Arnaldo Pinto Soares, reconhece que foi dado “um passo de gigante” para a criação do desejado Parque da Cidade.

O documento foi entretanto ratificado pela Assembleia de Freguesia, por unanimidade, na última sessão de 2015. Portanto, foi uma decisão do executivo que agradou a todas as bancadas. Do lado do PS, José Luís Marques, mostrou a satisfação do seu partido com o passo dado. E contou que já tinha abordado o proprietário das parcelas de terreno que faltam para se tentar chegar a um acordo porque sabe que “Alfena vai ganhar com isso”.

Do lado da bancada do PSD, Guilherme Roque também salientou a importância do projeto para a freguesia. Um projeto que considera tão grandioso que “deve envolver toda a sociedade civil”. “É preciso toda a gente à volta deste projeto”, sublinhou.

Uma convergência que deixou “profundamente” feliz o presidente da autarquia. “Tenho a certeza que desta forma seremos capazes”. E deixou no ar a ideia de “abrir” espaço à participação de privados. “O sonho vai continuar a crescer e vai-se concretizar”, acredita Arnaldo Pinto Soares.